A origem da música rock e do termo “rock ‘n’ roll” são muito interessantes. Nos primeiros anos da década de cinqüenta, um disc-jóquei chamado Allan Freed foi uma das primeiras pessoas brancas a se envolver com o “rhythm & blues”, que foi o predecessor direto do rock. A genealogia completa do rock é: do voodoo, para o jazz e blues, para o rock. (David Tame, O Poder Oculto da Música, Ed. Cultrix - SP, p. 205). O “rock ‘n’ roll” foi um tipo de fusão entre o “rhythm & blues” e a música “country & western” Fred foi um dos primeiros brancos a tocar este tipo de música em seu programa radiofônico, e estava muito perplexo, sem saber como chamá-lo, porque obviamente necessitava um novo nome. Ele havia recebido algumas notícias estranhas, de como os jovens reagiam a este novo tipo de música e então decidiu denomina-la usando o termo que as pessoas de cor usavam nos guetos o sexo pré-marital feito no banco de trás dos automóveis. E assim foi cunhado o termo rock ‘n’ roll.
Contraste a verdadeira origem da música rock, citada acima, com aquela que nos foi contada pelo grupo musical “cristão” Petra, nos versos de uma de suas canções, ou seja, que Deus foi a fonte do rock ‘n’ roll:
Deus te deu o rock ‘n’ roll
O colocou no coração de todos
Se você ama o seu som
Não se esqueça de sua inspiração
Você pode voltar atrás
Você pode mudar o caminho
Parece haver um paralelo entre a intenção de “cristianizar” a música rock e a de “cristianizar” as várias práticas pagãs na Roma do quarto século depois de Cristo. As religiões de mistério babilônicas foram introduzidas pelo imperador Constantino em 313 D.C., em suas tentativas de incorporar os pagãos ao Santo Império Romano, recentemente constituído.
A igreja romana, guiada por Constantino estava disposta a adaptar e adotar as práticas pagãs, de forma a tornar o cristianismo mais aceitável para os pagãos As festas pagãs foram adotadas no cristianismo e, eventualmente, muitos dos símbolos e ritos pagãos associados a elas foram reinterpretados e adaptados para a fé e práticas cristãs. A cristianização dos costumes, símbolos e ritos pagãos aconteceu enquanto que o cristianismo teve que sofrer uma transformação, de forma que os pagãos pudessem se “converter” sem deixar seus ritos e velhas crenças.
Não haverá a igreja de hoje feito, talvez, a mesma adoção, reinterpretação e “cristianização” daquilo que é chamado de “música rock” de forma a tornar mais aceitável o cristianismo para os jovens perdidos? E esta abordagem não se compara ao método tradicional Católico Romano de converter os pagãos – primeiro adotar as práticas pagãs e então reaplicar um significado bíblico a elas? Desta forma, os antigos pagãos podem manter sua herança idólatra simplesmente renomeando os ídolos e mudando a terminologia usada na sua adoração.
Aqueles que hoje são capazes de ver claramente o erro e a futilidade da “cristianização” da psicologia e das psicoterapias seculares meramente pela rotulagem destas como psicologia “cristã” e clínicas psiquiátricas “cristãs”, são incapazes, de alguma forma, de ver que têm incorporado o mesmo processo errôneo de rotulagem, tomando a música rock secular, adotando versos cristãos e rotulando-a como rock “cristão”. Desde quando alguma coisa se torna cristã simplesmente pela “cristianização” da terminologia e com a colocação do nome de Cristo na frente?
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